Muitas vezes, surge a dúvida sobre a real necessidade de passar por uma avaliação com um fisioterapeuta antes de iniciar um tratamento. No entanto, é de extrema importância que o primeiro contato entre o profissional e o paciente seja um momento de diálogo e avaliação minuciosa. Isso permitirá traçar um plano de tratamento correto e personalizado para cada indivíduo. Mesmo que o paciente já tenha passado por médicos, realizado exames de imagem e até mesmo consultado outros profissionais de saúde em busca de diagnóstico e tratamento para sua dor, nenhum desses passos anteriores dispensa a avaliação inicial.
Esse procedimento geralmente começa com uma anamnese detalhada, ou seja, uma conversa em que o fisioterapeuta questiona o paciente para obter todas as informações necessárias e entender melhor o motivo que levou à queixa principal que motivou a consulta. Mesmo situações que podem parecer insignificantes podem auxiliar na construção do diagnóstico fisioterapêutico. Após essa conversa, são realizados testes específicos de força muscular e mobilidade articular, buscando fundamentos para fechar o diagnóstico.
Por fim, é importante analisar também os exames complementares. No entanto, esses exames nunca devem ser interpretados sem conhecer a história prévia do paciente. Existem casos em que os exames mostram achados radiológicos importantes, como hérnias de disco, protusões discais, listeses e cistos, mas o paciente não apresenta queixas. Por outro lado, há pacientes que têm sintomas significativos, mas não possuem achados radiológicos que justifiquem o quadro de dor.
A avaliação inicial é essencial para um plano de tratamento eficaz e resolutivo, pois permite oferecer ao paciente um programa personalizado de acordo com seu quadro, queixas e limitações. Não podemos falar em uma fisioterapia de qualidade, realizada de forma individualizada, sem esse primeiro contato para entender as necessidades e expectativas da pessoa que busca tratamento.
